As gravidezes indesejadas infelizmente não são uma raridade hoje em dia mas nem por isso tem de ser interpretadas como algo negativo. Uma gravidez indesejada não significa que a mãe não deseje aquele filho e que não o vá amar quando este nascer. É sim uma gravidez imprevista que, na maior parte dos casos, é indesejada porque a mulher não tem apoio dos familiares, marido ou companheiro ou porque não tem quaisquer condições financeiras para ter a criança. São casos como estes em que a mãe pensa no aborto como solução.
A gravidez, seja ela desejada ou indesejada, é algo realmente marcante na vida de uma mulher, é uma vida humana independente, que se está a gerar dentro de cada futura mamã mas, ao mesmo tempo, depende da mãe tal como todos nós dependemos de alguém, mesmo após o nascimento. Desde o momento da concepção que a mãe tem dentro de si uma pessoa única e irrepetível, com um DNA próprio no qual estão contidas as características que vai ter quando crescer. Desde esse primeiro momento que passa a existir uma forte ligação entre mãe e filho. Aos 8 dias (ainda muitas vezes a mulher não sabe que está grávida) o bebé comunica pela 1ª vez com a sua mãe através de uma mensagem química. Não podemos portanto negar que uma quebra desta ligação, quer seja provocada ou natural, seja algo positivo para o bebé ou para a mãe, muito pelo contrário, é algo de prejudicial à saúde física e psicológica da mãe e pode ter em certos casos consequências gravíssimas: tendências futuras para o suicídio ou mesmo a morte da mulher (mesmo que esteja a ser acompanhada clinicamente). E, salvo raríssimos casos, leva também à morte do bebé. Como defensores da mulher e da criança não podemos aceitar que o aborto seja apontado como solução para uma gravidez indesejada pois um problema não se resolve outro problema.
Segundo um estudo realizado recentemente, 70% das mulheres com gravidez indesejada que pensam em abortar, afirmam que levariam as suas gravidezes até ao fim e teriam o filho se tivessem apoios financeiros e condições para tal. Pensemos então se o aborto é realmente a solução para este problema, se é realmente isso que estas mulheres desejam?! Não seria correcto terem outras opções? Não seria correcto dar-lhes a possibilidade de terem o filho e de transformarem um problema numa grande alegria? Será que esta proposta de lei está a dar às mulheres aquilo que é melhor para elas? O que realmente lhes oferece é algo que elas não desejam verdadeiramente. Esta proposta não apoia as mulheres nem a maternidade, não é justa quanto às necessidades dos cidadãos. Não podemos aceitar tal lei, não podemos oferecer mais problemas a quem já os tem, temos sim de apoiar essas mulheres para que possam ter uma gravidez segura e um final feliz para a mãe e para o bebé.
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4 comentários:
Aos 8 dias nao ha bebé. Há sim um aglomerado de células, portanto é ridículo falar neste ponto de 'comunicação entre o bebé e a mãe' E porque não acreditar no bom senso da mulher e da jovem? A legalização do aborto não é, a meu ver, a abertura de um largo portão para a matança, e muito menos a solução para todos os problemas...mas pesando cuidadosamente as diversas vertentes envolvidas, e não por falta de informação, não sou pelo 'não'
É verdade que é um aglomerado de células, mas eu e tu também o somos. Além disso, no momento da concepção são realizadas várias alterações no corpo da mulher para que este novo ser se desenvolva. Explicando um pouco melhor, existe uma comunicação tal entre o bébe e a mãe que este, aos 8 dias, produz já substâncias químicas que impedem a mãe de menstruar. Quanto à questão da legalização do aborto e oferta gratuita em centros hospitalares (é o que refere a própria pergunta), não é preciso muito para perceber que irá facilitar a prática do aborto pressionando ainda mais a mulher. Por exemplo, uma mulher que trabalha está grávida e, por isso, perde o seu emprego. Qual é o argumento do patrão? "Tinhas o direito de abortar". O que achas disto? Não achas que a pressão sobre a mulher vai aumentar ainda mais? Ora, legalizar o aborto totalmente livre até às 10 semanas vai fazer com que o número de abortos aumente! E um aborto é a morte de um bebé!!!
De facto é "engraçado" considerar um bebé de 8 dias como um aglomerado de células se todos o somos como se disse, e muito bem, no comentario anterior.
Quem não é do Não é porque é do sim; e quem é do sim, é porque ou está mal informado ou então interpreta mal a informação e os argumentos dos seus "chefes".
Deveriamos ter a chance de corrigir um erro, so quem passa pelo problema que pode avaliar na teoria tudo é LINDO...
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