Representantes da Associação de Vítimas de Aborto espanhola apresentaram hoje a edição portuguesa de um livro com testemunhos de mulheres que interromperam a gravidez, para mostrar que a decisão «nunca é livre» e tem consequências psíquicas negativas.
«Não só se perde uma vida como começa uma vida de sofrimento, a da mãe», afirmou Sara Martin Garcia, a autora do livro Eu Abortei, Testemunhos Reais de Abortos Provocados, editado em Portugal pela Principia e apresentado hoje na livraria Barata, em Lisboa.
Sara Martin Garcia, que recolheu os testemunhos junto da Associação de Vítimas de Aborto espanhola, defendeu a existência de alternativas para mulheres que «muitas vezes são obrigadas a abortar pelos companheiros ou pela família».
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Na sessão, uma das mulheres que deram o seu testemunho no livro, Esperanza Puente, afirmou, em tom emocionado, que a sua decisão de abortar «não foi livre e que nunca é livre» já que, «como o aborto é um negócio, as mulheres não recebem nem do Estado informação sobre as alternativas» nem das clínicas toda a informação sobre as consequências do aborto.
Frisando que em Espanha «há um aborto provocado a cada seis minutos», Esperanza Puente defendeu que uma mãe sem condições económicas ou estabilidade familiar para prosseguir a gravidez «deveria ter do Estado todo o apoio económico» para não ter que abortar.
A mulher, que integra a Associação Vítimas de Aborto, afirmou que a prática de aborto em «clínicas modernas e preparadas» não dá garantias de interrupções bem feitas, acrescentando que «todos os dias chegam às urgências dos hospitais mulheres com complicações pós-aborto».
Lusa / SOL
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