domingo, 14 de janeiro de 2007

A invasão dos Sérginhos


Na manhã do dia 13 de Janeiro tive a oportunidade de assistir ao encontro “Porquê e como colaborar no Não ao aborto” na Universidade Católica do Porto. Tratou-se de uma sessão bastante esclarecedora, através da qual pude concluir que a luta pelo direito à vida em Portugal está entregue (pelo menos em parte) a cidadãos muito bem preparados a diferentes níveis: quer em termos científicos, quer com fortes capacidades de argumentação e de desmontagem dos demagógicos raciocínios dos que pretendem liberalizar o aborto até às 10 semanas em Portugal.
A meio da sua intervenção, o Dr. Carlos Ramalheira, médico psiquiatra apresentou-nos o “Sérginho” (tal como é conhecido no meio médico em Coimbra), um pequeno boneco que reproduz fielmente o corpo de um feto de 10 semanas.
Ao ouvir o nome do Sérginho não pude evitar a lembrança do principal promotor do referendo de 1998 (e inclusive, vencedor do mesmo, pelo menos durante uma boa meia-hora)
Ao olhar para o Sérginho é-nos impossível evitar negar a existência de uma vida às 10 semanas de vida (o neoplasmo é intencional). É fácil gostar do Sérginho. Tornei-me imediatamente num fanático do Sérginho e aposto que o mesmo aconteceu com os restantes membros da assistência. Penso que todos os portugueses deveriam ter direito a conhecer melhor o Sérginho (o que significaria também conhecer os milhares de Sérginhos que serão objecto do referendo no dia 11 de Fevereiro). Estou convencido de ao darmos a conhecer o Sérginho estaremos a praticar um generoso acto a favor da sua própria vida. Por isso proponho a “invasão dos Sérginhos”. Proponho que apresentemos o Sérginho a todos os portugueses. Não constitui tarefa fácil, mas diria que não é impossível. Se cada um de nós a partir de hoje se propuser fazer acompanhar-se diariamente de 100 Sérginhos e espalhá-los por todos os locais por passa: p.ex.: ao tomar um café, cada uma de nós poderá ter a gentileza de oferecer um Sérginho ao dono do café e a todos os seus clientes; se somos atendidos no balcão dos correios a mesma coisa; no nosso local de trabalho ou de estudo o Sérginho pode ser uma companhia constante; se vamos trabalhar para o Estádio do Dragão, levamos mais algumas dezenas de Sérginhos para poder oferecer a todos os adeptos do F.C.P.. Poderemos ainda passar horas e horas pelas ruas a oferecer Sérginhos, atravessar o país de automóvel atirando milhares Sérginhos pela janela do nosso automóvel, de modo o a garantir que ninguém possa alegar que votou neste referendo sem ter conhecido o Sérginho. Talvez se corresse o risco de vermos Sérginhos nos passeios, no lixo, nos boeiros, mas penso que essa seria a mellhor metáfora que poderíamos utilizar…É por isso que eu proponho a “invasão dos Sérginhos”….

2 comentários:

Anónimo disse...

Caro João:

Sabes onde é possível obter os tais Sérginhos? Eu gostaria de ter um na minha mesa de trabalho e outro para poder ter lá em casa.

Obrigado.

Anónimo disse...

Grande Pedro:

O João não tem muita disponibilidade para estar aqui frequentemente, pelo que, eu respondo-te. Ainda estamos à espera dos Sérginhos porque vêm de Lisboa. Se nos quiseres mandar um e-mail, mal eles cheguem aqui ao Porto, nós podemos entrar em contacto contigo. Que te parece?

Um grande abraço e obrigado pela colaboração.