terça-feira, 16 de janeiro de 2007

OPÇÃO?


A pergunta colocada aos portugueses sobre a questão do aborto encerra em si vários pontos, os quais é importante compreender, para saber aquilo que está em causa.
Um deles é a questão da despenalização, que na verdade e nestes termos significa uma liberalização, questão sobre a qual já tentámos esclarecer com o texto “A Batalha das Palavras” do Dr. Pedro Vaz Patto. Também sobre a questão das 10 semanas já foi colocado um artigo que não deixa dúvidas a ninguém – “Um feto com 10 semanas é uma Vida Humana”!!
Outro ponto importante, alteração que esta lei introduzirá, é o facto da IVG (o aborto!!!) passar a poder ser realizado por opção da mulher, ou seja, a simples pedido da mesma (mesmo sem se verificarem as situações mais extremas contempladas pela actual lei).

OPÇÃO?

Diz a pergunta: “…por opção da mulher…” , ou seja, a pedido da mulher. Mas, e importa percebê-lo em primeiro lugar, porque faz uma mulher essa opção? Que motivações levarão uma mulher a “pedir” para abortar o seu filho?
A mulher aborta porque rejeita a gravidez, por ter sido “indesejada”,imprevista, ou por sentir que não terá condições para criar esse filho. Não tem condições porque existem problemas sociais e económicos, porque geralmente está sujeita a uma forte PRESSÃO por parte da família e amigos, do pai da criança e da entidade patronal (ou até mesmo do médico!). No caso das mais jovens é frequente serem obrigadas pelos pais a fazê-lo ou o receio de os informar de uma gravidez imprevista, o medo dos juízos pela sua gravidez de solteira, os conselhos e influência dos amigos… O pai da criança também pressiona a mulher para abortar chegando, nalguns casos, a ameaçar deixá-la. Existem difculdades de vida e falta de apoio. Muitas vezes a mulher sofre também pressão ao nível laboral – a ameaça de despedimento e as dificuldades em encontrar um emprego estável estando grávida ou com um filho recém-nascido. Além disso, existe um desconhecimento de alternativas ao aborto, tais como a ajuda social e institucional ou a adopção. É esta a realidade por detrás de um pedido de aborto (inegáveis factos, aos quais apelam os próprios defensores do aborto!!). A mulher sente-se pressionada, sozinha e incapaz e é por isso que aborta, não por que o quer realmente mas por ver o aborto como a “única possibilidade” para resolver o seu problema (dizem-no maioritariamente mulheres que abortaram, em estudos realizados em países onde foi legalizado o aborto a pedido). Pelo contrário, e a experiência demonstra-o, se for ajudada e tiver outras alternativas a mulher não escolhe o aborto – de todos os casos em que mulheres nesta situação são acompanhadas não existe nenhum de uma mulher que tenha chegado a abortar!
De facto, as soluções para os seus problemas passam por apoiar emocional e materialmente a mulher grávida, não a discriminar no trabalho, oferecer a possibilidade da adopção para as que de facto não querem o seu filho…e NÃO pelo aborto! O aborto NÃO é a verdadeira solução!

Pelo contrário, o aborto é o acrescentar de um problema ainda maior! Não só mata uma criança desprotegida e inocente como é uma agressão à saúde física e psíquica da mulher que é mãe. O aborto, realizado legal ou clandestinamente, pode trazer, antes de mais, consequências físicas medicamente comprovadas, desde complicações imediatas – dores, hemorragias, febre, infecções, vómitos, possivel ruptura cervical, risco de perfuração uterina – ao aumento do risco de cancro da mama, útero e ovários, e aumento da probabilidade de parto prematuro (4 vezes maior) e de aborto espontâneo na gravidez seguinte. Além disso, existem problemas psicológicos decorrentes do aborto: depressão profunda e sentimento de perda e arrependimento, incapacidade de se auto-perdoar e outras sequelas evidenciados pelo Síndrome Pós-Aborto (SPA), alterações nas relações sexuais e no desejo sexual, problemas de vinculação, sequelas psiquiátricas, problemas com álcool e drogas,… e até tentativa de suicídio (um estudo médico que analisou jovens raparigas que tentaram suicidar-se, por exemplo, revela que 10% delas tinham abortado, pressionadas). Pergunto-me, como é que ao oferecer esta “opção” para a mulher se pode dizer que é para ajudá-la? O aborto é, como se vê, um risco, trauma, um pesadelo para a mulher, que está longe de resolver os verdadeiros problemas, que é mais um e o mais grave problema.

Acontece que geralmente as mulheres não são devidamente informadas de todas estas consequências danosas do aborto (aliás, os próprios partidários do SIM insistem em omitir e até negar estes factos!). NÃO SABEM o que as espera depois daquela que lhes é apresentada como uma solução rápida e simples (“é seguro, faça e passado um dia ou dois volta à sua vida como antes”). NÃO SABEM, nalguns casos, o que realmente se está fazer já que muitas vezes lhes é ocultada a verdade sendo erroneamente informadas de que não se trata de um bebé mas de um “conjunto de células”. NÃO CONHECEM outras alternativas.
Logo, o aborto é uma escolha, uma opção (MÁ para si e,claro,para o filho), que não é feita em plena liberdade e consciência – há PRESSÃO e falta de conhecimento!!

Os que defendem esta proposta de lei – a possibilidade de uma opção, supostamente “livre”, de abortar - não estão ajudar a mulher! Pelo contrário, esta legalização e financiamento do aborto a pedido vêm aumentar sobre si a pressão de que, em muitos casos, já é vítima. Se esta pressão já existe e é uma realidade, mesmo sendo o aborto ilegal, imaginemos como será quando se tornar legal e comparticipada pelo próprio Estado! Muito mais mulheres serão pressionadas para o pesadelo de abortar!

É triste constatar esta realidade - a falta de apoio dado à mulher grávida, toda a pressão que sofre e, ainda mais revoltante, um Estado que assim decide oferecer gratuitamente à mulher, já fragilizada e com tantas dificuldades, a possibilidade, o “direito”, de matar o seu filho e magoar-se a si mesma, e não as condições para que exerça a sua maternidade e esse bebé seja recebido pela sociedade, demitindo-se assim da sua verdadeira função de resolver os problemas e ajudar, proteger a mulher e a criança. Uma opção de um Estado e de uma sociedade facilitistas, conformados e sem vontade de lutar pela verdadeira solução! Mas, porquê escolher o aborto quando se pode fazer uma política de vida? É um caminho mais trabalhoso, é certo, mas que é possível, como já começou a ser demonstrado pelas inúmeras associações de apoio à mulher e à criança que se formaram depois do último referendo. A sociedade já se começou a mexer para ajudar…e o Estado, quando vai começar? Não o fará certamente se o SIM ganhar!
Por isso, digamos NÃO! NÃO seja dado à mulher o aborto que é pedido sem saber o que realmente é pedido (“um bebé morto, um corpo ferido e uma mente marcada”!). Dêmos sim as boas e efectivas soluções para os verdadeiros problemas. Dêmos soluções de vida e amor e não de violência e sofrimento: apoios do Estado à maternidade, protecção laboral, associações e organismos cívicos de apoio à mulher-grávida e à criança, possibilidades de adopção….
Dizemos NÃO ao aborto que não deve ser opção.
NÃO, porque não é a solução!
NÃO porque é, pelo contrário, uma agressão!
Dizemos NÃO para que a única opção oferecida à mulher não seja a da PRESSÃO, VIOLÊNCIA e SOFRIMENTO, mas para que lhe sejam dadas opções de AMOR e de VIDA!

5 comentários:

Ricardo Araújo disse...

para mudar o pensamento das pessoas e necessaria uma mudança brusca e subita e por vezes violenta! mt bom parabens

João Gala disse...

pois...é preciso informar as pessoas e principalmente os jovens do que é realmente o aborto e que consequencias fisicas e psicologicas provocam nas mulheres que o fazem pois muitas das pessoas que vao votar n o sabem!!! O texto esta mt bom!!

Anónimo disse...

Algures no Universo
Algo espera por mim
A luz ao fundo do túnel
Só me diz
ERA AQUELE!
Não acredito que a verdadeira felicidade de uma mulher se alcance sem o crescimento de uma criança dentro do seu corpo. A partir do 1º aborto já não se consegue exprimir o amor, o que se sente por alguém. Só passamos a sentir a ausência de alguém. O coração bate quando nasce, a alma chora quando morre! Amor é fogo, é ferida, é contentamento, é dor! Deixo aqui este comment. Espero que sirva para alguma coisa =P

Anónimo disse...

Algures no Universo
Algo espera por mim
A luz ao fundo do túnel
Só me diz
ERA AQUELE!
Não acredito que a verdadeira felicidade de uma mulher se alcance sem o crescimento de uma criança dentro do seu corpo. A partir do 1º aborto já não se consegue exprimir o amor, o que se sente por alguém. Só passamos a sentir a ausência de alguém. O coração bate quando nasce, a alma chora quando morre! Amor é fogo, é ferida, é contentamento, é dor! Deixo aqui este comment. Espero que sirva para alguma coisa =P

Anónimo disse...

Algures no Universo
Algo espera por mim
A luz ao fundo do túnel
Só me diz
ERA AQUELE!
Não acredito que a verdadeira felicidade de uma mulher se alcance sem o crescimento de uma criança dentro do seu corpo. A partir do 1º aborto já não se consegue exprimir o amor, o que se sente por alguém. Só passamos a sentir a ausência de alguém. O coração bate quando nasce, a alma chora quando morre! Amor é fogo, é ferida, é contentamento, é dor! Deixo aqui este comment. Espero que sirva para alguma coisa =P