segunda-feira, 15 de janeiro de 2007

Gravidez indesejada: um problema não pode ser resolvido com outro problema

As gravidezes indesejadas infelizmente não são uma raridade hoje em dia mas nem por isso tem de ser interpretadas como algo negativo. Uma gravidez indesejada não significa que a mãe não deseje aquele filho e que não o vá amar quando este nascer. É sim uma gravidez imprevista que, na maior parte dos casos, é indesejada porque a mulher não tem apoio dos familiares, marido ou companheiro ou porque não tem quaisquer condições financeiras para ter a criança. São casos como estes em que a mãe pensa no aborto como solução.
A gravidez, seja ela desejada ou indesejada, é algo realmente marcante na vida de uma mulher, é uma vida humana independente, que se está a gerar dentro de cada futura mamã mas, ao mesmo tempo, depende da mãe tal como todos nós dependemos de alguém, mesmo após o nascimento. Desde o momento da concepção que a mãe tem dentro de si uma pessoa única e irrepetível, com um DNA próprio no qual estão contidas as características que vai ter quando crescer. Desde esse primeiro momento que passa a existir uma forte ligação entre mãe e filho. Aos 8 dias (ainda muitas vezes a mulher não sabe que está grávida) o bebé comunica pela 1ª vez com a sua mãe através de uma mensagem química. Não podemos portanto negar que uma quebra desta ligação, quer seja provocada ou natural, seja algo positivo para o bebé ou para a mãe, muito pelo contrário, é algo de prejudicial à saúde física e psicológica da mãe e pode ter em certos casos consequências gravíssimas: tendências futuras para o suicídio ou mesmo a morte da mulher (mesmo que esteja a ser acompanhada clinicamente). E, salvo raríssimos casos, leva também à morte do bebé. Como defensores da mulher e da criança não podemos aceitar que o aborto seja apontado como solução para uma gravidez indesejada pois um problema não se resolve outro problema.
Segundo um estudo realizado recentemente, 70% das mulheres com gravidez indesejada que pensam em abortar, afirmam que levariam as suas gravidezes até ao fim e teriam o filho se tivessem apoios financeiros e condições para tal. Pensemos então se o aborto é realmente a solução para este problema, se é realmente isso que estas mulheres desejam?! Não seria correcto terem outras opções? Não seria correcto dar-lhes a possibilidade de terem o filho e de transformarem um problema numa grande alegria? Será que esta proposta de lei está a dar às mulheres aquilo que é melhor para elas? O que realmente lhes oferece é algo que elas não desejam verdadeiramente. Esta proposta não apoia as mulheres nem a maternidade, não é justa quanto às necessidades dos cidadãos. Não podemos aceitar tal lei, não podemos oferecer mais problemas a quem já os tem, temos sim de apoiar essas mulheres para que possam ter uma gravidez segura e um final feliz para a mãe e para o bebé.

4 comentários:

Anónimo disse...

Aos 8 dias nao ha bebé. Há sim um aglomerado de células, portanto é ridículo falar neste ponto de 'comunicação entre o bebé e a mãe' E porque não acreditar no bom senso da mulher e da jovem? A legalização do aborto não é, a meu ver, a abertura de um largo portão para a matança, e muito menos a solução para todos os problemas...mas pesando cuidadosamente as diversas vertentes envolvidas, e não por falta de informação, não sou pelo 'não'

Raquel Lopes disse...

É verdade que é um aglomerado de células, mas eu e tu também o somos. Além disso, no momento da concepção são realizadas várias alterações no corpo da mulher para que este novo ser se desenvolva. Explicando um pouco melhor, existe uma comunicação tal entre o bébe e a mãe que este, aos 8 dias, produz já substâncias químicas que impedem a mãe de menstruar. Quanto à questão da legalização do aborto e oferta gratuita em centros hospitalares (é o que refere a própria pergunta), não é preciso muito para perceber que irá facilitar a prática do aborto pressionando ainda mais a mulher. Por exemplo, uma mulher que trabalha está grávida e, por isso, perde o seu emprego. Qual é o argumento do patrão? "Tinhas o direito de abortar". O que achas disto? Não achas que a pressão sobre a mulher vai aumentar ainda mais? Ora, legalizar o aborto totalmente livre até às 10 semanas vai fazer com que o número de abortos aumente! E um aborto é a morte de um bebé!!!

Anónimo disse...

De facto é "engraçado" considerar um bebé de 8 dias como um aglomerado de células se todos o somos como se disse, e muito bem, no comentario anterior.
Quem não é do Não é porque é do sim; e quem é do sim, é porque ou está mal informado ou então interpreta mal a informação e os argumentos dos seus "chefes".

Anónimo disse...

Deveriamos ter a chance de corrigir um erro, so quem passa pelo problema que pode avaliar na teoria tudo é LINDO...