segunda-feira, 5 de fevereiro de 2007

"Aborto: CDS apresenta declaração de 51 eurodeputados pelo «não»"

"O líder do CDS-PP, José Ribeiro e Castro, apresentou hoje uma declaração assinada por 51 eurodeputados de 16 países contra a despenalização do aborto em Portugal.
Entre estes 51 eurodeputados, seis são portugueses: além de Ribeiro e Castro, também o seu companheiro de partido Luís Queiró subscreveu a declaração, bem como quatro eurodeputados eleitos pelo PSD: João de Deus Pinheiro, Silva Peneda, Carlos Coelho e Sérgio Marques.
«Esta declaração desmente a ideia de que a Europa é a favor da liberalização do aborto. Há muitos eurodeputados que partilham da convicção do não», afirmou Ribeiro e Castro, em declarações aos jornalistas, à margem de um almoço realizado na sede do partido.
Na declaração, os eurodeputados subscritores manifestam «a sua preocupação e a sua crítica contra esta nova tentativa de liberalização do aborto em Portugal».
«Discute-se hoje na maioria dos Estados europeus a limitação da prática de aborto e não a sua liberalização que consideramos anacrónica e obscurantista», refere o texto, que apela ao povo português «para que não escolha este caminho de respostas falsas».
Presente em Lisboa, o deputado espanhol do Partido Popular eleito por Madrid, Eugénio Nassarre Goicoechea, considerou «muito negativa» a experiência do seu país nesta matéria.
Em Espanha, apesar de a lei ser muito semelhante à actual legislação portuguesa, a invocação de riscos para a saúde psíquica da mulher é aceite como motivo válido para a realização de abortos legais.
«A experiência espanhola é muito negativa porque está a acontecer uma liberalização de facto e um crescendo do negócio nesta matéria», lamentou o deputado espanhol, considerando que será «uma catástrofe se a liberalização do aborto se instalar na Europa».
«Concorda com a despenalização da interrupção voluntária da gravidez, se realizada, por opção da mulher, nas primeiras 10 semanas, em estabelecimento de saúde legalmente autorizado?», é a pergunta colocada aos eleitores a 11 de Fevereiro, igual à do referendo de 1998. "

Fonte: Diário Digital / Lusa, 05-02-2007

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